Editados por HARLEQUIN IBÉRICA, S.A.

© 2011 Rachel Robinson. Todos os direitos reservados.

ENTRE AMBOS, N.º 1062 - Abril 2012

Título original: Million-Dollar Amnesia Scandal

Publicado originalmente por Silhouette® Books.

Publicado em portugués em 2012

Todos os direitos, incluindo os de reprodução total ou parcial, são reservados. Esta edição foi publicada com a autorização de Harlequin Enterprises II BV.

Todas as personagens deste livro são fictícias. Qualquer semelhança com alguma pessoa, viva ou morta, é pura coincidência.

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I.S.B.N.: 978-84-687-0253-7

Editor responsável: Luis Pugni

ePub: Publidisa

Capítulo Um

Seth Kentrell observava o quarto privado do hospital de Nova Iorque com as mãos nos bolsos das calças. O melhor tratamento médico num quarto que não era muito diferente dos quartos de um hotel de luxo. Mas não esperava nada menos para a famosa cantora de jazz April Fairchild.

Com os olhos fechados, a sua pele de porcelana pálida… era mais fascinante do que tinha imaginado. Tinha-a visto muitas vezes em fotografias, mas em pessoa era divina. Até mesmo a dormir.

Seria isso que o seu irmão tinha achado? Fora assim que o manipulara até conseguir que praticamente lhe oferecesse um dos hotéis mais apreciados da família? Ao pensar no seu irmão, sentiu uma pressão no peito. Tinham passado oito dias e ainda não podia acreditar que tivesse… que Jesse estava morto.

Seth apertou os punhos dentro dos bolsos, como se assim pudesse aliviar a dor. Mas nada o podia fazer. Nunca voltaria a ver o seu irmão.

E aquela mulher tinha sido a última pessoa a ver Jesse com vida.

Não sabia que tipo de lesões tinha ela sofrido no acidente em que Jesse tinha perdido a vida porque os meios de comunicação não tinham dado essa informação. Por isso estava ali.

April mexeu-se um pouco e viu-a franzir as sobrancelhas. Estaria a sofrer? Haveria feridas ou hematomas sob os lençóis? Talvez devesse chamar uma enfermeira…

Nervoso, passou uma mão pelo cabelo. Não se podia esquecer da razão que o levava até ali: necessitava de recuperar o hotel Lighthouse ou poderia perder as alianças que tanto lhe tinha costado forjar no conselho de administração da Bramson Holdings. Deixando a mesma quantidade de ações aos seus filhos legítimos e ilegítimos, o seu pai tinha tentado unir as duas famílias, mas apenas tinha conseguido complicar tudo.

Depois da morte de Jesse, as ações dos dois tinham passado a ser apenas suas, mas isso significava que o seu meio-irmão Ryder Bramson e ele tinham a partir daquele momento o mesmo poder nos hotéis da cadeia. E agora tinha aparecido outro homem, J.T. Harley, dizendo ser um filho perdido de Warner Bramson e exigindo a sua parte.

Mas não o conseguiria, Seth encarregar-se-ia disso.

E também não tinha intenção de dar o poder a Ryder Bramson. Nuns meses tinha perdido o seu pai e Jesse, não pensava perder também a cadeia de hotéis por mais vulnerável e frágil que April Fairchild parecesse.

A porta abriu-se atrás dele e uma mulher alta e magra entrou no quarto.

– Você é médico? – perguntou-lhe, com ar decidido.

– Não.

– Fisioterapeuta?

– Não, também não.

– É jornalista?

– Não. O meu nome é Seth Kentrell.

A mulher olhou para ele, surpreendida.

– E como entrou aqui?

Uma pergunta razoável. Tinha dito ao segurança que era do escritório de advogados que representava April Fairchild, mostrando-lhe o seu nome no contrato que tinha na mão. E o guarda mal tinha olhado para o documento.

Se fosse empregado da empresa de segurança da Bramson Holdings, Seth tê-lo-ia despedido.

Mas não estava ali para falar da segurança do hospital.

– A pergunta que devia fazer é porque estou aqui.

– É você o intruso, de modo que eu farei as perguntas – replicou a mulher. – Porque está aqui?

Seth tentou dissimular um sorriso.

– Para evitar que tenha de passar por uma desagradável batalha legal pública, senhora Fairchild. Acredite quando lhe digo que, devia falar comigo, é para o seu próprio bem.

Nesse momento, ouviram um ruído procedente da cama. April tinha acordado e pestanejava para evitar a luz que entrava pela janela. E quando abriu os olhos, uns enormes olhos castanhos, Seth ficou sem fôlego. Era como uma flor arrancada, no entanto, mantendo uma beleza requintada. Tinha a pele de porcelana e o cabelo cor de caramelo caía sobre a almofada…

Havia demasiada luz no quarto e, com a intenção de conter o estranho desejo de aproximar-se dela, dirigiu-se à janela para fechar um pouco a persiana.

– April, querida, estás acordada – disse a mulher.

A jovem franziu as sobrancelhas e depois fez uma careta, como se o gesto lhe provocasse dor.

– Creio que… comete um erro.

Seth levantou as sobrancelhas.

– Está acordada, de modo que não é um erro. Ela abanou suavemente a cabeça.

– O meu nome não é April.

A mulher apertou a mão dela e falou devagar, como se falasse com uma criança:

– Tu és a April Fairchild, minha filha.

Então aquela mulher era a mãe dela, pensou Seth. E a representante de April Fairchild, de acordo com as suas pesquisas.

Seth olhou para ela atentamente. Fazia-lhe lembrar uma aranha, com as extremidades magras e muito compridas. Além disso, olhava para a filha como se estivesse à espera que April caísse na sua teia.

O instinto dizia-lhe que não devia confiar naquela mulher.

April levantou a cabeça para olhar atentamente para a sua mãe e depois voltou a cair sobre a almofada, sem forças.

– Desculpa, não te conheço. Deve ser um erro.

– Então, fala-me da tua mãe. Diz-me o teu nome.

A jovem voltou a abrir os olhos e olhou para ambos com uma expressão assustada.

– Não te preocupes, querida, os médicos disseram que depressa recuperarás a memória.

– Perdeu a memória? – exclamou Seth.

April pôs uma mão sobre o peito.

– Há quanto tempo estou aqui?

– Há oito dias – respondeu a mãe – Estiveste inconsciente nos primeiros cinco dias, mas acordaste de maneira intermitente durante os últimos três dias.

– Por que é que não me lembro do meu nome? Bati com a cabeça?

– Os médicos dizem que o teu cérebro está ótimo – respondeu a mãe – Tens uma coisa que se chama amnésia retrógrada. Mas vais-te lembrar de tudo rapidamente.

Seth observou atentamente April para ver se estava a fingir. Tinha convencido o seu irmão para que trocassem o hotel Lighthouse por um estúdio de gravação e uma discográfica de valor aproximado…

E agora que Jesse estava morto e ele tinha ido solucionar a situação, April Fairchild dizia que tinha amnésia.

Ele não acreditava nas coincidências e aquela perda de memória parecia-lhe demasiado conveniente.

Seth olhou de novo para a mulher que estava na cama, pálida, com os lábios a tremer e as faces delicadas. Parecia vulnerável, mas não podia deixar-se condoer.

– És a minha mãe?

– Sim.

April olhou para ele então.

– E tu quem és, o meu namorado?

– Não – o pulso de Seth acelerou-se de maneira inconveniente.

– O meu marido?

– Não o conheces, querida. Nem devia estar aqui – disse a sua mãe.

– E, no entanto, aqui estou.

– Creio que é hora de se ir embora. Podemos falar mais tarde…

– Tens a certeza que o meu nome é April? – interrompeu-a a sua filha – O meu nome devia ser familiar para mim.

A mulher forçou um sorriso.

– És a April Fairchild. Sei muito bem, porque fui eu que assinei a tua certidão de nascimento.

April virou-se para ele.

– E quem és tu?

A intensidade do seu olhar acelerou mais uma vez o pulso de Seth.

– Seth Kentrell. Temos um assunto urgente para discutir…

– Tão urgente a ponto de vir ao hospital? – April pestanejou, desconcertada, mas Seth fez um esforço para se lembrar que ela era uma intérprete. Cantava desde os treze anos nos palcos do mundo inteiro.

Ele não questionava que tivessem de a hospitalizar depois do grave acidente, mas não ia deixar que se aproveitasse da situação para ficar com um hotel de luxo.

– Sim.

Ela passou uma mão pela testa.

– O que me aconteceu?

– Tiveste um acidente de carro – respondeu a sua mãe.

April respirou profundamente.

– Podias dar-me uma aspirina? Dói-me muito a cabeça…

Seth inclinou-se sobre a cama para premir o botão da enfermeira e April olhou para ele, perguntando-lhe com os olhos se lhe estavam a mentir.

Poderia estar a dizer a verdade? Poderia ter perdido a memória depois do acidente?

A enfermeira entrou no quarto uns segundos depois.

– O que se passa?

– A senhora Fairchild necessita de medicação. Enquanto lhe media a temperatura e a tensão, April olhava para ele. Parecia perdida e, absurdamente, Seth sentiu vontade de a proteger.

– Isto aliviará a dor de cabeça – disse a enfermeira, deixando dois comprimidos num tabuleiro – o médico vem cá daqui a umas horas e responderá a todas as suas perguntas. Podem ficar mais dez minutos, mas não a incomodem.

April tinha saído de coma três dias antes, tempo suficiente para planificar uma estratégia com a sua mãe. Necessitariam de tempo para preparar um processo sobre a propriedade do hotel. Porque, sem dúvida, esperava por isso depois da morte de Jesse. E fingir amnésia dar-lhe-ia esse tempo.

– Não acredita em mim, não é senhor Kentrell? – a voz de April interrompeu os seus pensamentos.

Ele pigarreou.

– Ainda não decidi.

– E porque é que ia fingir?

– Para não ter que lidar comigo, ou talvez como um truque publicitário.

– Um truque publicitário? Para quê?

Seth pensou nas opções que tinha para lidar com a situação: podia acusá-la de estar a mentir… mas naturalmente ela dir-lhe-ia que não era verdade. Ou podia continuar com o jogo e esperar até a apanhar desprevenida.

– Consegue caminhar? – perguntou à sua mãe.

– O médico disse que sim.

– Tem alguma fratura, alguma lesão?

– Os hematomas e cortes já estão quase curados, mas tem problemas de equilíbrio e não se deve levantar a menos que esteja aqui o fisioterapeuta.

Seth assentiu com a cabeça.

– Vou-te aproximar da janela, April. Há algo que quero que vejas.

Ia agarrar nela?

O coração de April acelerou. Tudo, o quarto do hospital, aquela mulher que dizia ser sua mãe, a perda de memória, aquele estranho… tudo lhe parecia surreal, como num sonho. Mas instintivamente, sabia que era verdade. As luzes eram demasiado fortes para ser um sonho, o homem parecia demasiado… real. Era um homem de carne e osso, cheio de vitalidade. E quando olhava para ele nos olhos, sabia que também ela estava viva.

Parecia um respeitável homem de negócios, um empresário. Mas os seus olhos… eram de um azul profundo, escuro, cheios de emoções. E tinha um ar de perigo que a deixava sem fôlego.

April afastou o olhar, com um nó no estômago. Sentia que estava a perder o controlo da situação, mas desde que tinha acordado não parecia capaz de controlar nada. Não se lembrava do seu nome, não reconhecia a mulher que dizia ser sua mãe e agora aquele homem dizia que ia agarrar nela…

Aquele estranho. Mas não olhava para ela como se fosse um estranho.

– Eu consigo caminhar – murmurou.

Estaria decentemente vestida? Perguntou-se. Ao levantar o lençol viu que tinha uma camisa de dormir verde-esmeralda. Uma camisa não se podia comparar com um elegante fato de executivo, mas pelo menos, tapava-a do pescoço até aos tornozelos.

Com cuidado, tirou as pernas da cama, mas quando apoiou os pés no chão o quarto começou a andar às voltas e sentiu que se inclinava para um lado… mas antes que pudesse cair no chão, Seth agarrou-a.

Ao longe, ouviu a mulher que dizia ser sua mãe a perguntar se estava bem, mas não conseguia responder. A única coisa que conseguia fazer era agarrar-se àquele estranho alto e forte enquanto tentava que a sua cabeça parasse de dar voltas.

O seu aroma lembrava-lhe um bosque, fresco, natural, com um toque a madeira, a vento. Um odor que a fazia sentir segura e, ao mesmo tempo, viva.

– Obrigada, acho que já estou bem.

Seth agarrou nela.

– Eu acho que não.

Surpreendida, e sem poder fazer outra coisa, April pôs-lhe os braços à volta do pescoço. Queria dizer-lhe que a deixasse no chão, mas antes que pudesse dizer o que quer que fosse ele tinha-a aproximado da janela.

– Todas aquelas pessoas lá em baixo vieram ver-te.

April viu um enorme grupo de pessoas, em frente à entrada do hospital. Alguns tinham câmaras ao pescoço, outros microfones…

Todas aquelas pessoas tinham ido vê-la? A ela?

– Sou famosa?

– Muito – respondeu Seth. Mas o seu sorriso irónico dizia claramente que não acreditava nela e isso incomodou-a.

Era um estranho para ela. Porque se importava com isso? Mas importava-se. Queria que olhasse para ela com respeito, queria que a entendesse.

– Porque é que sou famosa?

– Querida, creio que devias voltar para a cama – disse a mulher que dizia ser sua mãe.

– Porque é que sou famosa? – disse ela, olhando para Seth.

Ele pareceu hesitar um momento.

– És cantora de jazz – disse por fim.

De repente, April teve uma visão. Via-se a si mesma sentada em frente a um piano, cantando num palco perante milhares de pessoas.

– Toco piano…

– Sim – disse ele, deixando-a sobre a cama com muito cuidado.

– Tu estás no mundo da música? Por isso é que nos conhecemos?

– Não, eu dedico-me à indústria hoteleira – respondeu ele, olhando fixamente para ver qual era a sua reação.

– E porque é que estás aqui?

– Porque temos de falar de um dos meus hotéis… que agora te pertence a ti – respondeu Seth, os seus olhos cravados nela como os de um leão na sua presa – não sei como conseguiste, mas quero recuperá-lo.

April franziu as sobrancelhas em aparente confusão.

– Eu fiquei com um dos teus hotéis?

Seth meteu uma mão no bolso para tirar um documento.

– Assinaste um contrato pelo qual o hotel passava a ser da tua propriedade e necessito que rescindas assinando este documento.

Obviamente, se realmente tinha amnésia e assinasse o documento naquelas condições, qualquer bom advogado o anularia. Mas era melhor que nada.

– Se eu nunca te tinha visto antes, como é que te comprei um hotel? – perguntou ela – Ou a venda foi feita através de advogados?

Não, tinha-o conseguido coagindo o seu irmão e mantendo o acordo em segredo. Seth tinha descoberto quando lhe entregaram os bens de Jesse, incluindo o contrato, no hospital, depois da sua morte.

– Conhecias o meu irmão.

– Conhecia? – repetiu April, contendo a respiração.

– O Jesse morreu no acidente.

– Morreu uma pessoa? – murmurou ela, com a voz trémula.

A mãe apertou-lhe a mão.

– Querida, não te preocupes com isso agora. O importante é que te recuperes.

Mas April continuava a olhar para Seth.

– Conta-me o que se passou.

Seth teve de conter a emoção, negando-se a deixar que duas estranhas vissem quanto lhe doía.

– Vocês foram a um escritório de advogados para assinar o contrato que te atribuía o hotel Lighthouse e depois saíram juntos. Foi então que aconteceu o acidente.

– Meu Deus… quem é que ia a conduzir?

– O Jesse.

April abriu a boca e voltou a fechá-la. A sua surpresa parecia real. Talvez fosse a primeira vez que alguém lhe contava. Apesar de, frequentemente, mesmo sem amnésia, o paciente não se lembrar de um acidente mesmo quando não tivesse perdido a consciência.

Seth serviu-lhe um copo de água da jarra e April bebeu sem dizer nada.

– Então, o teu irmão morreu. Lamento imenso.

– Obrigado – murmurou Seth afastando o olhar.

– Onde é o hotel Lighthouse?

Tinha mudado de tema por ele, porque se tinha apercebido que lhe custava falar de Jesse. Talvez não confiasse nela, mas sabia por instinto que tinha sido um gesto considerado. Agradecia, mas não pensava baixar a guarda.

– Em Queensport, na costa do Connecticut.

– E eu tinha dinheiro suficiente para comprar um hotel? – April olhou para Seth e depois para a mãe. – Um hotel deve valer uma fortuna.

– Não pagaste com dinheiro – respondeu Seth, – o contrato era uma troca.

A senhora Fairchild pousou nele os seus olhos de falcão.

– Que tipo de troca?

– Um estúdio de gravação e uma pequena discográfica, incluindo os direitos dos artistas que têm contrato com a casa. – respondeu ele – Imagino que quando recuperes a memória vais querer recuperar tudo isso, e se assinares este documento, não haverá nenhum problema. – acrescentou, tirando uma caneta do bolso.

– Sim, querida, assina o documento – incentivou a sua mãe. – Demoraste seis anos a criar essa discográfica e o estúdio de gravação foi feito exatamente como tu querias… debaixo da tua casa. Não sei o que te prometeu o irmão deste homem para que vendesses tudo, mas devíamos solucionar tudo o mais depressa possível.

April olhou para ambos.

– Mas devia ter as minhas razões para fazer o que fiz.

– Estavas esgotada, querida – insistiu a sua mãe. – Temias que a tua profissão estivesse a chegar ao fim… não sei, talvez quisesses uma mudança e atuaste sem pensar. Além do mais, não sabemos o que esse homem fez para te convencer.

Seth apostaria dinheiro em como tinha sido ao contrário, porque o hotel Lighthouse valia muito mais do que o estúdio e a discográfica.

Quando se apercebeu do que se tinha passado, supôs que Jesse se deitava com April e que ela o tinha convencido na cama. Jesse sempre tinha sido muito generoso com as mulheres bonitas… comprando-lhes joias ou carros caros.

E aquela situação não era diferente.

April dobrou o documento e, depois de o pousar em cima da mesa, cruzou os braços.

– Não posso assinar. Lamento, mas não me lembro de nada sobre o hotel e não penso assinar nenhum documento até me lembrar do que aconteceu.

Seth tentou dissimular a sua frustração. Necessitava daquele hotel e não tinha tempo para brincadeiras. A transação devia ser feita antes de os membros do conselho se aperceberem.

– Dou-te vinte e quatro horas para assinares. Se não o fizeres, levar-te-ei a tribunal. A tua mãe disse que estavas muito mal antes de assinares esse contrato… e não creio que seja difícil encontrar alguém que testemunhe perante um juiz que não estavas em condições de assinar nada.

– O quê? – exclamou April.